José Nêumanne
19 de maio de 2017 | 12h13
Só se discute a gravação da conversa de Temer com Joesley Batista, da JBS. Poucos falam das imagens da entrega da propina por um diretor da JBS a um emissário do presidente na pizzaria Camelo, em São Paulo. Há quem, na boa intenção de tirar o Brasil do atoleiro da crise econômica, omita a ação programada, cujo resultado é fatal para as boas reputações de Temer e Aécio. No áudio divulgado, Joesley falava e Temer mais ouvia do que respondia. Só que mais grave é a conversa: falar daquilo com aquele interlocutor, naquele lugar e àquela hora é muito mais grave do que o teor do papo, após o qual, aliás, o presidente não determinou nenhuma ação oficial de apoio ao combate à corrupção.
(Comentário no Jornal Eldorado da Rádio Eldorado – FM 107,3 – na sexta-feira 19 de maio de 2017, às 7h40m)
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