José Nêumanne
22 de agosto de 2020 | 19h55
Subprocurador Callou contou que Aras, a pedido de Bolsonaro, lhe pediu para receber Wassef, que lhe levou pleito da JBS, e depois o presidente lhe telefonou para agradecer. Foto: Tiago Queiroz/Estadão
Em maio de 2017, o dono da JBS, Joesley Batista, gravou conversa com o então presidente Michel Temer a serviço de uma investigação encabeçada pelo PGR de então, Rodrigo Janot. Depois, delação premiada em que o marchante denunciou Deus e o mundo e nada provou foi homologada pelo STF. Agora, a Crusoé revelou que o atual PGR, Augusto Aras, encaminhou o advogado de Bolsonaro, Frederick Wasssef, ao procurador José Adonis Callou para tratar de assunto de interesse do empresário. O procurador levou uma testemunha para a reunião, que durou pouco, porque o interlocutor não tinha procuração da empresa que dizia representar. A revista Crusoé publicou a história, acrescentada do pagamento de R$ 9 milhões que o Coaf flagrou do grupo a Wassef. E ainda a informação de que o presidente teria pedido a Aras para receber o ex-advogado de seu primogênito, Flávio. Direto ao assunto. Inté. E só a verdade nos salvará.
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