José Nêumanne
23 de agosto de 2017 | 12h11
Rodrigo e Cândido no centro das atenções da votação do “ficamos” da Câmara Foto: André Duzek/Estadão
primeira vez em que ouvi falar no Fundo Especial de Financiamento da Democracia, deu-me vontade de me ajoelhar e rezar o Salve Rainha. O fervor cívico passou quando fiquei sabendo que o preço desse tipo de democracia é a eterna desfaçatez. O fundo não é de R$ 3,6 bilhões, como apregoou o nada Cândido, nem de R$ 2 bilhões, cuja pedra cantou assim que percebeu que, na pindaíba generalizada, reduzido, o valor convenceria. Afinal, não entram nesse falso total nem os R$ 2 bilhões do fundo partidário, que vale no ano da eleição e no outro, de urnas fechadas e recolhidas, nem a renúncia fiscal com que se paga o horário, que é gratuito para os espertalhões e pago a bilhões pelos otários, que somos nós.
No bordel Brasil vale tudo, até a venda de indulgências perpétuas por castas prostitutas.
Estes são os dois últimos parágrafos de meu artigo A indulgência perpétua das castas prostitutas, publicado na Pag.2A do Estado de S. Paulo da quarta-feira 23 de agosto de 2017 (Opinião)
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