Mas Obama está de olho no eleitorado jovem, que o apoiou na primeira eleição e ameaça abandoná-lo, já que a "mudança" prometida na campanha de 2008 e que eletrizou tanta gente está se transformando no velho e bom pragmatismo da Grande Política de Washington.
Por outro lado, Obama tira o foco da economia e joga uma bola espinhosa para o campo de seu adversário na corrida eleitoral, o republicano Mitt Romney, que será obrigado a reafirmar sua oposição ao casamento gay. E ele já o fez: "Quando esse assunto foi levantado no meu Estado, Massachusetts, indiquei meu ponto de vista, que é contrário ao casamento entre pessoas do mesmo sexo, e eu não sou favorável às formas de união civil que sejam idênticas ao casamento, mudando só o nome".
Certamente o casamento gay não decidirá a eleição americana, mas terá o poder de transformar uma campanha apenas morna em um incêndio de grandes proporções.