Como signatário do Tribunal Penal Internacional, o governo brasileiro está obrigado a cumprir a ordem de prisão contra Bashir, emitida pela corte de Haia. Como é improvável que Lula dê voz de prisão ao ditador sudanês, espera-se pelo menos que o presidente não endosse o eventual apoio da cúpula a Bashir.
O Brasil já se absteve de condenar na ONU o regime sudanês quando teve a oportunidade. Agora, se Lula formalizar sua solidariedade a Bashir, então saberemos que ele realmente dá mais importância aos US$ 20 bilhões do comércio entre Brasil e países árabes do que às centenas de milhares de vítimas de um ditador sanguinário.