Do ponto de vista militar, o problema é simples: a escalada do envolvimento das potências ocidentais na Líbia, que começa com os famosos "bombardeios cirúrgicos", levará inevitavelmente, como se sabe, à situação em que os soldados americanos, franceses e britânicos estarão lutando no solo, ao lado dos rebeldes, numa guerra total contra as forças de Kadafi. As perguntas óbvias abundam. Qual será o custo desse engajamento? Que interesses os ocidentais estarão defendendo afinal? Quem são esses rebeldes por quem haverá considerável sacrifício?
Se lembrarmos que a CIA armou a guerrilha islâmica contra os soviéticos no Afeganistão, e depois essa mesma guerrilha se alistou nas hostes de Osama Bin Laden, essas não são, definitivamente, questões simples.
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Ah, sim. Antes que alguém diga que se trata de uma operação imperialista americana para "tomar o petróleo" do soberano país de Kadafi, a resolução da ONU que a autorizou foi patrocinada pelo Líbano, cujo atual governo é hostil aos EUA, e exigida pela Liga Árabe. O blog do Gustavo Chacra explica direitinho.