"Em vez de testemunhar meu sofrimento, amigos meus escolheram correr riscos pessoais e me trazer a substância. Descobri que umas tragadas de maconha antes do jantar me dão munição para a batalha que é comer. Outras poucas tragadas na cama e eu consigo aquilo de que desesperadamente preciso, que é dormir", escreveu o juiz.
Para ele, não se trata de uma questão jurídica, mas de direitos humanos: "Quando o tratamento paliativo é entendido como um direito médico e humano fundamental, a maconha para uso medicinal deveria estar acima de qualquer controvérsia". Reichbach considera que proibir uma droga que é eficiente contra os efeitos do tratamento de câncer e que tem poucos efeitos colaterais é simplesmente um ato de "barbárie".