Ou seja: para estabelecer uma democracia no Afeganistão, a Realpolitik americana não se vexa de fazer contato e obter colaboração de regimes autoritários da Ásia Central. E aqui se está falando de Barack Obama, Prêmio Nobel da Paz, e não de George W. Bush, que o mundo adorava odiar.
O pior desse cenário, revelado pelo Washington Post, é que o envolvimento americano com essas ditaduras é apenas de ocasião - ou seja, não há nenhuma intenção, por parte de Washington, de cobrar desses países que se comportem um pouco melhor. Pelo contrário: alguns deles se tornaram compradores de armas dos EUA, em nome do combate ao terrorismo.