"Na verdade", diz Douthat, "a nuclearização é resultado de preocupações regionais" - e os exemplos de Israel, Paquistão e Índia provam isso. Para o articulista, se EUA e Otan anunciarem o desarmamento, países como Japão, Coreia do Sul, Turquia , Egito e Arábia Saudita, desprovidos do "guarda-chuva nuclear" de que hoje dispõem graças a tratados de defesa com os americanos e os europeus, se verão obrigados a construir seus próprios arsenais.
Em artigo no El País, o historiador Timothy Garton Ash diz que esse é justamente o atual problema: em meio ao debate claudicante sobre o "zero global", "estamos perto de chegar ao ponto sem retorno da proliferação nuclear".