Ocioso dizer que o metal boliviano já é objeto de cobiça de investidores externos. Mas, conforme mostra o New York Times, o governo de Evo Morales e os índios do país não pretendem abrir mão da exploração do lítio - eles querem os estrangeiros apenas como clientes, e não como sócios.
Especialistas ouvidos pelo jornal dizem que recusar o investimento externo pode inviabilizar a produção boliviana de lítio na escala necessária para atender à demanda externa, levando as indústrias automotivas a desenvolver uma tecnologia que dispense o metal ou a recorrer à China, que já é grande produtora.
Ou seja, por questões nacionalistas, a Bolívia perderia a chance de ser, nas palavras de um líder camponês do país, a "Arábia Saudita do lítio".