Nicholas Hughes, filho da poeta americana Sylvia Plath, seguiu os passos da mãe e se suicidou. A informação foi dada pela irmã de Nicholas, Frieda. Ela disse que o Nicholas não suportou a depressão e se enforcou.
Sylvia Plath se matou em 1963, quando tinha 30 anos. Ela colocou os filhos para dormir - Nicholas estava com 1 ano, e Frieda, com 2 - e lhes deixou leite e pão, selando o quarto para que eles não respirassem o gás que a mataria.
A perturbadora obra de Sylvia é reconhecida por esse traço fatalista, marcado principalmente depois da turbulenta relação com o poeta Ted Hughes, pai de seus filhos. O vigor de seus poemas contrastava com sua aparente elegância. Em poucos poetas a vida pessoal é tão ligada à obra, ao ponto de ser impossível dissociar uma coisa da outra.
Abaixo, o poema "Palavras", com tradução de Ana Cristina César:
Axes After whose stroke the wood rings, And the echoes! Echoes traveling Off from the center like horses.
The sap Wells like tears, like the Water striving To re-establish its mirror Over the rock
That drops and turns, A white skull, Eaten by weedy greens. Years later I Encounter them on the road---
Words dry and riderless, The indefatigable hoof-taps. While From the bottom of the pool, fixed stars Govern a life.
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Golpes De machado na madeira, E os ecos! Ecos que partem A galope.
A seiva Jorra como pranto, como Água lutando Para repor seu espelho Sobre a rocha
Que cai e rola, Crânio branco Comido pelas ervas. Anos depois, na estrada, Encontro
Essas palavras secas e sem rédeas, Bater de cascos incansável. Enquanto do fundo do poço, estrelas fixas Decidem uma vida.