"É uma vitória dos direitos humanos em geral e confirma que há formas eficientes de vender os direitos humanos que não precisam ser ruidosas", disse o assessor do presidente Lula para assuntos internacionais, Marco Aurélio Garcia, sugerindo que foi a "discrição" do Brasil lulista que libertou Sakineh. Como o Irã parece que não mudou de ideia mesmo com a "discreta" mediação brasileira, é lícito considerar que a estratégia, enfim, não funciona com regimes de perfil totalitário.
Garcia aproveitou para defender o "companheiro" presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad."Esperamos que esse processo prossiga. Acho que revela a sensibilidade do governo iraniano", disse o assessor. Pois o "sensível" governo iraniano permanece surdo aos apelos de milhões de pessoas ao redor do mundo.
Por fim, Garcia reafirmou a modéstia que caracteriza o governo Lula: "Acho só que é um acontecimento suficientemente grande para nós querermos nos apropriar dele individualmente". Ah, bom.