De acordo com descritivo do CPDOC da FGV, onde existem duas entrevistas memoráveis postadas: "Em 1962 conclui o seu bacharelado e licenciatura em Ciências Sociais na Universidade de São Paulo, obtendo seu título de mestre em Sociologia em 1964, e seu título de doutor em Sociologia em 1967, pela mesma instituição". Foi professor titular aposentado do Departamento de Ciência Política da Universidade Estadual de Campinas.
Entre nossos colunistas, ficam mensagens de agradecimento e tristeza:
Vitor Sandes: "apesar de ser egresso do Doutorado em Ciência Política da Unicamp, não tive a oportunidade de ser aluno de Leôncio, já aposentado naquele período. No entanto, sua presença simbólica era marcante. Por estudar partidos políticos e por ter sido orientado pela professora Rachel Meneguello, tive um contato intenso com seus trabalhos, já considerados clássicos. Sua atuação e seus trabalhos marcaram a Unicamp, o IFCH e, de forma mais ampla, a Ciência Política brasileira. Hoje é um dia de luto para nossa área. Muita força para sua família e amigos"
João Paulo Viana: "Leôncio Martins Rodrigues deixa um enorme legado para a sociologia do trabalho e à ciência politica no Brasil. Suas obras sobre os sindicatos, os partidos e o perfil dos representantes brasileiros incentivaram inúmeros pesquisadores e estudos posteriores. Ressalto aqui, em especial, as obras: "Quem é quem na Constituinte: uma análise sócio-política dos partidos e deputados" (OESP-Maltese, 1987); e "Partidos, ideologia e composição social: um estudo das bancadas partidárias na Câmara dos Deputados" (Edusp, 2002) que contribuíram fortemente em minha formação. Importante mencionar ainda o seu papel como um dos docentes pioneiros no Departamento de Ciência Politica da Unicamp, onde cursei doutorado e tive um contato ainda maior com seu trabalho, ainda que ele já estivesse aposentado. À família os meus sinceros sentimentos de pesar."
Humberto Dantas: "utilizei seu estudo seminal em minha dissertação de mestrado, que compreende a relação entre os bacharéis em direito e a política nacional. Sem o seu trabalho sobre as caracterizações dos deputados constituintes eu não teria condições de avançar em parte de minhas argumentações. Para além disso, fui orientando de Maria Teresa Sadek, sua companheira. Com os dois passei poucos minutos numa ANPOCS faz alguns anos, e sempre sonhei em recebê-los em casa para um excelente jantar. Uma perda imensa para a ciência política, para a sociologia, para a academia e a certeza de que devemos nos esforçar mais para realizarmos o que está ao nosso alcance quando o assunto é amor, amizade, carinho e, principalmente, admiração."