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A Ciência Política e um olhar sobre os Legislativos

O que seria do mundo sem ELAS?

Neste 08 de março de 2021, o blog Legis-Ativo perguntou aos seus componentes o que seria da política sem mulheres incríveis e transformadoras. A escolha de cada autora e autor gerou como resultado algo absolutamente potente. Confira abaixo e, naturalmente, pense na força das mulheres em ambientes políticos com os quais você tem relação, ou pelo qual tenha interesse.

Por Humberto Dantas
Atualização:

 

O que seria da.... sem essa mulher incrível?

 

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- O que seria do debate da sub-representação de mulheres nas arenas decisórias, tão usual nos dias de hoje, se não fossem as pesquisas sobre o tema da professora Lúcia Avelar nos anos 1980 e 1990? - Graziella Testa

 

- O que seria das pesquisas sobre as presidências, governos de coalizão e legislativos, se não fossem as análises robustas e sofisticadas da professora Dra. Magna Inácio (coordenadora do PRILA e professora do DCP da UFMG)? - Luciana Santana

 

- O que seria da política brasileira se não tivéssemos eleito a primeira mulher trans, Erica Malunguinho, abrindo caminho para tantas outras? Se Erika Hilton não tivesse sido a vereadora mais bem votada da cidade de São Paulo? Se Robeyoncé Lima não tivesse sido a primeira deputada travesti eleita em Pernambuco? - Hannah Maruci

 

- O que seria das pesquisas da Ciência Política que tratam do Poder Judiciário e da justiça como um todo, se não fossem os esforços absolutamente estratégicos, seminais e essenciais da professora Dra. Maria Teresa Sadek do Departamento de Ciência Política da USP? - Humberto Dantas

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- O que seria da Ciência Política brasileira se não fossem a capacidade, a inventividade e competência da Professora Dra. Argelina Figueiredo, pesquisadora do IESP/UERJ e professora aposentada pela Unicamp, responsável por diversas pesquisas e achados de suma importância para nossa área? - Vítor Sandes

 

- O que seria das pesquisas e dos estudos sobre coligações partidárias no Brasil sem as contribuições, a dedicação e o exemplo da Professora Dra. Silvana Krause do Departamento de Ciência Política da UFRGS? - Carol Corrêa

 

- O que seria da agenda de pesquisas sobre  partidos, sistemas partidários e democracia no Brasil sem o trabalho pioneiro, apreço pela ciência e dedicação irrestrita das Professoras Maria do Carmo Campello de Souza, Maria D'Alva Kinzo e Rachel Meneguello? Meneguello é Fundadora do Centro de Estudos de Opinião Pública e Editora da revista que leva o mesmo nome, o que seria da Opinião Pública sem ela? - Marcela Tanaka e Lara Mesquita

 

- O que seria da Ciência Política se não tivéssemos mulheres incríveis e dinâmicas como as professoras Celina Souza e Marta Arretche como precursoras dos estudos sobre políticas públicas no Brasil? Souza e Arretche são grandes referências nas políticas públicas porque trouxeram as discussões basilares dessa arena temática, além de abrirem caminho para novas agendas - Luciana Santana e Michelle Fernandez 

 

- O que seria da agenda de políticas públicas sociais e do combate à desmistificação do "papel de uma primeira-dama" se a antropóloga Ruth Vilaça Correia Leite Cardoso não tivesse encarado a pauta social? Ruth teve uma admirável formação acadêmica, em uma época em que o ensino universitário para as mulheres ainda era muito restritivo. Ela acreditava em programas que apoiariam a mudança da realidade brasileira, como a fome. Iniciativas como Comunidade Solidária, Universidade Solidária e Capacitação Solidária são alguns dos exemplos, além de ter colaborado com o futuro "Bolsa Família".  - Haline Floriano

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- O que seria dos estudos legislativos, da análise sobre elites parlamentares, sem a pesquisa e as contribuições de Fátima Anastasia e Magna Inácio? - Leon Victor

 

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- O que seria da Ciência Política baiana sem a sensibilidade de escuta, interação e apresentação de conceitos fundamentais sobre democracia, representação e movimentos sociais de Maria Victória Espiñeira González? Durante três décadas, tem formado gerações de cientistas sociais preparados de maneira profunda e plural quanto aos debates atinentes à teoria democrática contemporânea. - Cláudio André de Souza

 

-  O que seria da Ciência Política, com "C" maiúsculo nesse Brasil de norte a sul  sem as 12 mulheres incríveis  que insistem, resistem e lutam diariamente para fornecerem informações e conhecimento de ponta, de forma didática e leve no Blog do Legis-Ativo? São mulheres que mostram para mim e para todo o Brasil que ser mulher e cientista política em pleno século XXI não é fácil, mas que é um sonho possível. Sobre mulheres que me inspiram e que lutam ao meu lado. - Joyce Luz

 

- O que seria do astral, da inteligência e da capacidade analítica do podcast semanal desse blog se não fosse a Dra. Graziella Testa? Bem como, o que seria da história desse blog se não fosse o trio Andressa Pellanda, Tainá Shimoda e Haline Floriano, essas jornalistas incríveis e suas diferentes capacidades e formas de aguentarem um bando barulhento de cientistas políticos? - Vitor Oliveira

Por fim, nossa homenagem coletiva à primeira mulher eleita para governar uma cidade no Brasil, em 1928, quando sequer a mulher tinha nacionalmente o direito ao voto. Alzira Soriano, prefeita de Lages (RN). À primeira mulher a governar um estado, Roseana Sarney (MA). À primeira mulher eleita a governar o país, Dilma Rousseff. À única que governa uma capital hoje, Cinthia Ribeiro (Palmas-TO), e à única que atualmente governa um estado brasileiro, Fátima Bezerra (RN). A despeito de biografias, carreiras, posições ideológicas e conquistas, elas representam o que existe de mais democrático no universo da política: a diversidade, o acesso e a inspiração para tantas outras mulheres que seguem ou desejam seguir caminhos semelhantes.

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