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Estratégias eleitorais, marketing político e voto

Vice de Aécio pode ficar para depois da convenção

A escolha do candidato a vice-presidente na chapa do tucano Aécio Neves tende a ficar para depois do dia 14 de junho, data da convenção nacional em que será formalizada a candidatura do senador ao Palácio do Planalto. A ideia é postergar eventuais desgastes com partidos que vão compor a chapa do PSDB e ataques de adversários. O mais provável para a indicação hoje é o senador Aloysio Nunes Ferreira (SP), que teve 11 milhões de votos em 2010. A escolha dele faz parte da estratégia de Aécio de fortalecer seu desempenho em São Paulo,  maior colégio eleitoral do País.

Por Julia Duailibi
Atualização:

A legislação brasileira permite que o vice não seja definido na mesma convenção que o candidato. O PSDB deve formalizar o nome de Aécio e, depois, em ato da Executiva do partido chancelar o nome do candidato a vice-presidente. A chapa completa tem de ser apresentada até o dia 5 de julho à Justiça Eleitoral.

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Como parte dessa estratégia de buscar os votos paulistas, Aécio também tem dado prioridade às agendas no Estado. Hoje participou de palestra na Associação Comercial de São Paulo. Ontem foi a jantar na casa do ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD), presidente do PSD, partido que apoiará o tucano em alguns Estados, como Rio e Minas.

Na última eleição presidencial, São Paulo deu a vitória para o candidato do PSDB, José Serra, ajudando-o a passar para o segundo turno, ao compensar a diferença de votos do PT em regiões como o Nordeste. No segundo turno, Serra teve 1,9 milhão de votos a mais que Dilma Rousseff (PT) no Estado. Essa diferença, porém, virou pó com a derrota do tucano em Minas Gerais, terra de Aécio. Lá Dilma teve 1,8 milhão de votos a mais que Serra, o que levou os serristas a culparem Aécio pela derrota na eleição.

De fato, em 2010, Aécio não se empenhou pela eleição de Serra. Agora, com o foco em São Paulo, inclusive com a indicação de um vice paulista, o senador trabalha para evitar que os tucanos paulistas lhe deem o troco. Escolheu o ex-governador Alberto Goldman, próximo a Serra, para coordenar a campanha no Estado. O vereador Andrea Matarazzo, outro serrista, deve ser o coordenador na capital, ao lado do presidente municipal do partido, Milton Flavio - Aécio encontrou nessa segunda-feira os vereadores do partido na capital. E o presidente do PSDB, Duarte Nogueira, é um dos parlamentares mais envolvidos na campanha de Aécio hoje, responsável por montar as numerosas agendas no Estado.

Diferentemente de Serra em 2010, que não conseguiu diminuir a resistência a seu nome em setores do partido, Aécio tem tido sucesso na operação.

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