Os tucanos que não são da turma do prefeito Gilberto Kassab (PSD) - leia-se aliados do governador Geraldo Alckmin - não veem com bons olhos a cessão de espaço para o PSD na chapa dos vereadores, que deve ser composta por candidatos dos partidos da coligação Serra-prefeito. Amanhã, as duas legendas devem bater o martelo sobre a composição das 110 vagas do tal chapão, que será formado ainda por DEM e PR.
Para compensar os lugares que serão entregues ao PSD, o grupo de Alckmin passou a advogar que o cargo de vice-prefeito fique com o próprio partido, numa chapa puro-sangue. Seria uma forma de evitar o crescimento excessivo de Kassab, até então com o vice mais forte no banco de apostas - Alexandre Schneider, o ex-secretário municipal de Educação. Essa tese encontra certo respaldo entre os serristas, apesar de saberem que a puro-sangue será usada pelos adversários como indicativo de que José Serra pretende não cumprir o mandato de prefeito.
Falta também combinar com o DEM. Se o partido perder o tempo de TV para o PSD, ficará manso. Do contrário, também pedirá a vice de Serra para Rodrigo Garcia, ex-secretário de Desenvolvimento Social de Alckmin.
O governador, dizem aliados, também não acha ruim essa solução. Vale qualquer saída que não fortaleça Kassab, seu potencial adversário na reeleição de 2014.