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Aécio e Alckmin se encontram para mostrar unidade no PSDB

Na próxima sexta-feira, mineiro e paulista tentarão passar uma imagem de união, a despeito das movimentações nos bastidores do partido sobre quem será o candidato a presidente pelo PSDB em 2018

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Por Julia Duailibi
Atualização:

O encontro do senador Aécio Neves com o governador Geraldo Alckmin, na próxima sexta-feira, em São Paulo, tem um objetivo principal: mostrar unidade no partido na esteira da votação do PSDB na eleição de outubro, quando a legenda teve o seu melhor desempenho nas últimas disputas presidenciais contra o PT.

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Oficialmente, o encontro entre Aécio e Alckmin foi articulado para o mineiro agradecer a votação que recebeu no maior colégio eleitoral do País - o senador obteve 64,31% dos votos em São Paulo contra 35,69% de Dilma Rousseff (PT). Mas o subtexto do evento é mostrar unidade partidária, num momento em que se forma uma polarização natural entre o senador e o governador, ambos cotados para disputar a Presidência em 2018.

O encontro de sexta-feira, provavelmente em algum clube na região da Paulista (o local deve ser definido ainda hoje), na hora do almoço, terá Aécio e Alckmin como estrelas. Devem participar entre 150 e 200 pessoas, principalmente líderes partidários. A ideia é que seja um evento paulista - em outra movimentação para se manter nos holofotes como líder da oposição, Aécio já organiza um encontro com os cinco governadores eleitos pelo PSDB (SP, PR, GO, MS e PA) para tratar de uma agenda nacional para os Estados.

Mineiros e paulistas estão dispostos, neste momento, a manter o diálogo. "O importante é mantermos a unidade das oposições", diz o presidente do PSDB paulista, Duarte Nogueira. "Antes de 2018, temos que passar por 2015, quando haverá uma grande crise no País", avalia o presidente do PSDB mineiro, Marcus Pestana, cotado para liderar a bancada do PSDB na Câmara no ano que vem.

Essa unidade propagada pelos tucanos terá o seu primeiro teste já em maio de 2015, quando será eleita a nova direção do PSDB. Aécio será candidato à reeleição, mas terá que buscar uma composição com os paulistas, que passará também pela liderança do partido na Câmara e no Senado. 

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