João Bosco Rabello
22 de dezembro de 2009 | 10h09
Os 50% que o ex-governador Geraldo Alckmin registra nas pesquisas eleitorais em São Paulo, vai empurrando para o arquivo das teses pré-eleitorais o cenário em que o governador José Serra desiste da candidatura à presidência da República. Alckmin se consolida como potencial vencedor numa prospecção que põe Marta Suplicy, ex-prefeita e uma indiscutível liderança paulista, no mesmo patamar do forasteiro Ciro Gomes – ambos com menos de 20%.
É de se imaginar que Alckmin não abriria mão de patrimônio eleitoral tão precioso sem alguma resistência. Foto: Sérgio Castro/AE
Cenário tão favorável a Alckmin, e a desistência de Aécio Neves, autorizam a conclusão de que a hipótese de renúncia à candidatura presidencial não deve mais ser inserida na esfera da estrita vontade pessoal do governador. Ainda que a liderança de Serra no partido lhe permita quase tudo, é de se imaginar que Alckmin não abriria mão de patrimônio eleitoral tão precioso sem alguma resistência.
E que o PSDB prefira buscar duas vitórias, com uma praticamente garantida.
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