E é só. Tecnicamente, o programa é de uma pobreza básica, com o formato de um locutor que usa o vínculo histórico do partido com a causa trabalhista para justificar o apoio a Serra. Tudo entremeado com personagens da rua, previamente selecionados.
Nada de novo - e nada que o adversário real de Serra, o presidente Lula, não possa exibir. Exceção para Roberto Jefferson, cuja aparição mais subtrai que soma.
O ponto que pode permitir a Serra avançar na campanha, o combate à criminalidade, sintetizado na proposta de criação do Ministério da Segurança, tem abordagem convenientemente rápida, já que nem Serra o desenvolveu até agora.
Serra terá que reaparecer nos programas gratuitos com algo mais palpável para convencer o eleitor de que a pujança da economia - que maquia as deficiências de gestão do governo - convive com mazelas que precisam ser enfrentadas e colocar-se como o melhor perfil para tanto.