Considerando que o partido está na denúncia original do mensalão e que foi aliado de José Serra na campanha presidencial, a anistia foi ampla, geral e irrestrita.
Incluiu até mesmo o reatamento com Roberto Jefferson, que infernizou a vida de Lula e pôs para fora do governo o então ministro do Gabinete Civil, José Dirceu.
Para o maior desafeto do PT, tudo é passado agora. Dilma não é continuísmo para ele.
"Sendo a Dilma e não mais o Lula nem o José Dirceu, não tem problema de apoio", afirmou.
"Lula estragou a relação, ele se queixava de mim em toda a parte", diz ."Agora, é outro governo, uma coisa nova que está começando".
E mais: garante ter uma "relação pessoal" com Dilma muito melhor do que a que manteve com José Serra.
Diz que às vezes passava de tarde para bater papo com ela no Ministério das Minas e Energia (MME) e que, juntos, cantavam árias de ópera.
O partido já indicou nomes para a direção da Superintendência de Seguros Privados (Susep),Companhia Nacional de Abastecimento (Conab),BR Distribuidora ( subsidiária da Petrobrás), Casa da Moeda, Agência Nacional de Transporte (ANTT) e Caixa Econômica Federal (CEF).
A conversa sempre é a mesma: não há fisiologismo, mas um tratamento proporcional ao tamanho do partido, como diz o seu líder na Câmara, Jovair Arantes (GO).
E o PTB inicia a legislatura sem alterar o tamanho de suas bancadas.
O que lhe garante a presidência de uma comissão técnica na Câmara e no Senado, além de uma vaga na Mesa Diretora.
Os líderes nas duas Casas do Congresso, deputado Jovair Arantes e senador Gim Argello (DF), serão mantidos.
Pelos menos os petebistas vivem a era pós-Lula, como se deduz da fala do deputado Nelson Marquezelli (SP), cheio de elogios à presidente Dilma Rousseff.
"Ela está indo bem, é discreta, trabalha muito, é competente e boa gerente. Agora daremos apoio total, fechado", afirma.
Também o líder Gim Argello garante que o contato com o governo ficará ainda melhor. "As bancadas não têm do que reclamar", assegura.