"Não tem parâmetro em nenhum outro momento da nossa história o Executivo vetar matéria de cunho eleitoral", afirmou. "O Executivo sempre sancionou, até por uma questão filosófica, porque vai atuar naquilo que tem interesse direto. Eu por mim voto para derrubar todos os vetos".
A presidente vetou cinco pontos do projeto conhecido como minirreforma eleitoral, que foi patrocinado pelo PMDB. Um dos objetivos da mudança era reduzir o poder do Judiciário em questões eleitorais.
Dilma vetou, por exemplo, artigo que permitia aos partidos políticos receber repasses do Fundo Partidário no segundo semestre de anos eleitorais, mesmo que houvesse punição da Justiça Eleitoral em vigor.
Cunha diz existir apenas um veto que ele poderá aceitar manter: uma brecha que permitiria a cooperativas ligadas a concessionários públicos fazer doações a candidatos.
O tema era de maior interesse do Senado do que da Câmara. O líder do PMDB também avisa que a bancada do PMDB está decidida a derrubar veto integral de Dilma a projeto que permitiria criar pelo menos 180 municípios.
A primeira sessão do Congresso para analisar vetos no próximo ano deverá ocorrer na terceira semana de fevereiro.