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Campos ontem e hoje, segundo o PT

A definição da candidatura da ex-senadora Marina Silva, evitou o acirramento da crise interna no PSB, dividido entre os que a apoiavam e o que defendiam um retorno à aliança com o PT identificada no presidente em exercício do partido, Roberto Amaral.

Por João Bosco Rabello
Atualização:

Antes do desfecho favorável à candidatura de Marina,  circulou entre filiados do PSB  panfleto com dois textos  do PT, antes e depois da tragédia que abateu o ex-governador Eduardo Campos.  O primeiro,  postado em 7 de janeiro no site oficial do partido, em que o ex-governador é chamado de tolo, ao final de duras críticas à sua decisão de se candidatar.

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O segundo, assinado pelo presidente do partido, Rui Falcão,  postado após a tragédia que matou o candidato do PSB,  o tratamento é oposto: nele, Campos é saudado como um político que dedicou sua vida aos menos favorecidos e é dito que sua ausência deixará uma lacuna no país.

No primeiro texto,  o ex-governador é descrito como alguém que "vendeu a alma à oposição" e, ao fazê-lo "rifou" sua credibilidade e mostrou-se um tolo.

O panfleto não reproduz a íntegra da crítica ao ex-governador. Nele não aparece o trecho em que é considerado um ex-aliado ingrato, cujo êxito no governo se deve exclusivamente à parceria com o governo federal.

"Campos poderia ser grato a tudo isso e, mais à frente, com maturidade e honestidade política, tornar-se o sucessor de um projeto político voltado para o coletivo, e não para o próprio umbigo", finaliza o trecho não transcrito no panfleto.

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A ideia de alguns socialistas era a de fazer circular os dois posts na reunião da Executiva Nacional na próxima quarta-feira, num ato radical para derrotar a proposta de Amaral de um realinhamento com o PT, constrangendo-o no encontro.

 

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 Foto: Estadão

 

 

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