O troco da Aeronáutica

É indiscutível que as razões políticas e estratégicas é que devem orientar decisões importantes como a da compra dos caças pelo governo brasileiro para reequipar a Aeronáutica.

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Por João Bosco Rabello
Atualização:

 Foto: Estadão

É, de resto, como funciona em todo o mundo.

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Portanto, nada mais  natural que o presidente Lula reivindique sua exclusividade no caso, principalmente sabendo que uma escolha diferente da preferida pelos militares não significará necessariamente dano ao processo.

Pode-se sacrificar o técnicamente ideal em favor do bom que, ao mesmo tempo, contemple interesses estratégicos de governo. Essa é a síntese que se extrai das manifestações do Ministro da Defesa e do presidente da República.

O problema maior é o quadro de subversão hierárquica contida no vazamento antecipado do relatório da Aeronáutica, que tem origem na antecipação, por Lula, da decisão brasileira em favor dos aviões franceses.

O vazamento do relatório é uma clara reação militar pela quebra do sigilo em que as análises se processavam até a incontinência verbal de Lula que, pelas circunstâncias, representou um compromisso público com a França.

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O presidente despiu as negociações do mais elementar ritual que sua importância estratégica impõe. Provocou em seus subordinados igual reação.

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