A ressalva de que não questiona o mérito da decisão, mas sim o seu efeito de reforçar a idéia de que "poderosos no Brasil não vão para a cadeia"é insuficiente para disfarçar o cunho eleitoral da fala do ministro.
E frágil como anteparo a um inevitável mal estar com o Judiciário, que convive com o desconforto de ter mais uma decisão "julgada" por membro de outro Poder.
Manter a liturgia do cargo cria vertigem nos ministros-candidatos submetidos a uma camisa-de-força pelo compromisso com o presidente Lula de ficar o máximo possível no governo.