Ex-governador do Tocantins, Marcelo Miranda concorre sob risco de inelegibilidade

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Por João Bosco Rabello
Atualização:

Miranda foi cassado por compra de votos nas eleições de 2006. Foto: Ed Ferreira/AE - 24.04.2009

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Ainda não entrou na pauta do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o julgamento do recurso do ex-governador do Tocantins Marcelo Miranda (PMDB), que teve o mandato cassado ano passado.

Miranda se lançou candidato a uma das duas vagas de senador pelo seu Estado, apesar do alto risco de ser considerado inelegível.

Sua cassação foi por unanimidade, em setembro do ano passado,por compra de votos nas eleições de 2006.

Com base nessa condenação, a Procuradoria Eleitoral no Tocantins pediu a impugnação de sua candidatura por considerá-lo "ficha-suja", mas o Tribunal Regional Eleitoral rejeitou o apelo.

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O Procurador, então, recorreu ao TSE. O recurso, distribuído ao corregedor, Aldir Passarinho, aguarda julgamento.

A senadora Kátia Abreu (DEM) fez uma pausa na campanha e veio a Brasília apelar ao TSE para dispensar ao caso de Miranda a mesma agilidade empregada nos casos dos ex-governadores Joaquim Roriz (DF) e Jader Barbalho (Pará).

Ambos tiveram suas candidaturas ao Governo e Senado, respectivamente, impugnadas com base na Lei da Ficha Limpa.

A preocupação da senadora é de que a demora no julgamento do recurso ponha em risco a lisura da eleição para senador no Estado.

Se o TSE acolher o apelo do Ministério Público e considerar Miranda inelegível, a chapa pode indicar outro candidato no lugar do peemedebista.

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Pela lei eleitoral, os partidos podem substituir os candidatos a cargos majoritários - presidente, governador e senador - até a véspera da eleição.

Mas, segundo Kátia,não haverá tempo hábil de excluir o nome e a foto de Miranda da urna eletrônica. Se houver substituição do candidato,"o eleitor corre o risco de votar em João e eleger Maria", advertiu.

Ou seja, no momento do voto, aparecerá o nome e o rosto de Miranda, mas o eleitor estará votando em seu substituto.

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