Serra foi facilitado pelas perguntas. Para além de entender porque o mensalão foi tema para ele e Marina - e não para Dilma-,vale a conclusão de que foi o que melhor respondeu à questão das alianças por não negá-las como fator eleitoral indispensável. Admitiu-as como inevitáveis, porém administráveis num eventual governo do PSDB.
Confrontado com a incômoda presença de Roberto Jefferson na aliança do PSDB - ele, denunciante e parte do esquema do mensalão -, preferiu localizar historicamente o PTB como velho parceiro , relegando a Jefferson um papel menor no processo.
Teve espaço para desenvolver sua gestão e suas idéias na Saúde e foi contemplado pelo casal de apresentadores com o bônus de discorrer sobre as vantagens de um sistema de pedágio que premia os resultados das rodovias estaduais. Não foi pressionado nos temas mais delicados como a autonomia do Banco Central e , instado a manifestar-se sobre o governo FHC, não fez por menos: foi o governo que plantou a estabilidade da qual se beneficiou Lula.
Fixou-se num tema para escapar da armadilha do genérico: ficou na Saúde, ponto forte de sua gestão mais visível, o ministério da Saúde. Comparou os números sempre usando o governo de São Paulo como referência. Foi mais fácil para ele do que para os que o antecederam.