Cid Gomes acha que Campos deve esperar por 2018

Depois de PMDB e PT, anteontem, a presidente Dilma Rousseff sentou à mesa com o PSB - este, em dose dupla. Ontem jantou com o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, e hoje, almoçou com o governador do Ceará, Cid Gomes. 

PUBLICIDADE

Por João Bosco Rabello
Atualização:

Tudo no Palácio Alvorada, onde antecedeu a todos, o ex-presidente Lula - a um tempo mentor, roteirista e autoexcluído da temporada de engorda oficialmente promovida pela presidente.

PUBLICIDADE

O roteiro é, até certo ponto, óbvio, e chancelador da avaliação de que as eleições, pelo equilíbrio de forças que estabeleceu, teve muitos vencedores, a depender do ângulo analisado. Um fez mais prefeitos no total geral, outro nas capitais, outro cresceu a partir de cidades estratégicas, outro se consolidou como terceira força e por aí vai.

Não obstante, deixou mágoas que Lula consegue administrar no PT, mas não no PSB, ainda.

Por isso, a interlocutora junto a Eduardo Campos e Cid Gomes foi a presidente. De início, Dilma quis aplicar uma certa dose de diversionismo na abordagem do tema com o líder nacional do PSB, propondo um encontro reservado durante a reunião da Sudene (Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste ) que congrega todos os governadores do Nordeste e que acontece amanhã. Mas precisou ser mais solene.

A conversa com Campos ficou entre os dois, pelo menos por ora. A Cid Gomes, segundo sua versão, Dilma pediu ajuda para acabar "com os ruídos na relação com o PT".  Após a conversa, Cid ainda se mostrava irritado com Lula. "Eu fiquei magoado com o ex-presidente Lula",  disse ao blog.

Publicidade

Segundo ele, seria até compreensível Lula fazer campanha para o candidato do PT em Fortaleza, mas sem as críticas pesadas contra o candidato do PSB, já que são aliados no plano nacional. 

Cid, porém, defende que o PSB permaneça na base aliada ao governo Dilma Rousseff e apoie a sua reeleição em 2014. "Defendo que Dilma e o PT liderem esse projeto nacional em 2014 e que estejamos com eles", afirmou.

Para ele, Eduardo Campos pode esperar por 2018. "Ele é jovem, precisa andar mais, conhecer melhor o Brasil. Ninguém vai morrer por causa de quatro anos", afirmou. E ainda arrematou: "se 20 vezes eu tiver de escolher entre PT e PSDB, 20 vezes eu escolherei o PT". 

 

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.