Após a Copa, Serra, Dilma e Lula sobem o tom e esquentam campanha
Fotos: Divulgação, AE e Fábio Motta/AE
Nada que o candidato do PSDB já não tivesse em mente, como preservar o presidente da República de ataques diretos, porém imprimindo um tom mais crítico aos erros de governo na esteira das afirmações sucessivas de Lula e Dilma que a colocam como uma co-governante.
"Não há programa neste governo que não tenha a minha mão", disse a candidata, avalizada por Lula: "Meu governo não teria chegado aonde chegou não fosse a Dilma".
O estilo light de Serra não muda, mas há o que explorar sem pôr em risco a determinação de não polarizar a eleição com Lula.
Do Plano Nacional dos Direitos humanos a obras inconclusas do PAC , passando pela segurança pública, saúde e educação, o PSDB acha que há munição suficiente para contestar a capacidade gestora de Dilma.
Serra considera esta fase da campanha mais voltada ao jogo de bastidores, hora de selar os palanques estaduais, desafio em que tem se saído melhor queo PT.
Em agosto, a campanha tucana inicia uma fase mais "quente", conjugando críticas com um discurso propositivo e com o nome do seu vice já definido.
Mas é em agosto também que o presidente Lula materializará o que chama de trabalhar "fora do expediente" arregaçando as mangas em favor de sua candidata.
Lula promete empenho dia e noite, fins de semana e feriados, conjugando os papéis de presidente da república e cabo eleitoral como "nunca antes nesse país".
Polarizada como já está a eleição, a fase da campanha pós Copa do Mundo indica dificuldades para os dois candidatos e um clima passionalizado entre os eleitores.