Ambiguidade dos programas do PT põe em xeque liderança de Dilma sobre ala radical do partido

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Por João Bosco Rabello
Atualização:

Dilma faz campanha na Praça da Sé, em São Paulo. Márcio Fernandes/AE - 07.07.2010

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A versão do PT de que o programa de Dilma Rousseff registrado no Tribunal Superior Eleitoral, depois trocado por um mais moderado, deveu-se a uma troca de arquivos, não resiste a duas observações:

1) O reenvio do arquivo correto não demoraria mais que um minuto, mas o novo programa levou um dia inteiro para ser registrado - e só o foi no limite do prazo final, o que revela improviso;

2) O primeiro tinha as rubricas de Dilma; o segundo, não, o que indica que não houve tempo de buscar suas assinaturas.

O Plano Nacional de Direitos Humanos 3, base do programa original registrado no TSE saiu da Casa Civil na gestão de Dilma, que também alegou, à época, não tê-lo lido.

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Esse fato, mais o desconhecimento do dossiê contra Serra produzido no núcleo de campanha do PT e a promessa  de João Pedro Stédile de ampliar as invasões do MST num eventual governo Dilma, dão munição ao PSDB para explorar sua falta de liderança sobre as alas radicais do seu partido.

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