A exemplo da recente entrevista que deu ao Estadão dizendo-se disposto a enfrentar quem viesse - Lula ou Dilma -, o movimento ainda é para o público interno, ou seja, parao PSDB.
Aécio quer a dianteira do processo em relação ao seu rival, José Serra, que mantém a determinação de voltar a disputar o cargo.
Ele abriu o roteiro de viagens há um mês em Porto Alegre e, agora, vai ao Nordeste, reduto de Lula.
A agenda prevê escalas nas regiões metropolitanas de Recife (quinta-feira), Salvador (sexta) e Natal (sábado).
Na Bahia e RN, Aécio afaga o DEM de ACM Neto e José Agripino, sigla ameaçada de extinção.
Em Pernambuco, porém, a não confirmação até agora de uma agenda pública com o governador do Estado, Eduardo Campos, ameaça esvaziar a programação.
Como definiu um influente ministro do PT, a partir de Pernambuco Campos fez do Nordeste um vice-reinado: ele é uma porta de passagem incontornável a quem pretenda votos na região.
Teoricamente, o governador de Pernambuco é o vice ideal de qualquer candidato, mas até 2014 falta muito chão e ele tem potencial para ir mais longe, a depender das circunstâncias do governo Dilma Rousseff.
De qualquer forma, como está jogando para o PSDB, ele pretende ir ao lançamento da candidatura do empresário Jorge Alexandre (PSDB) a prefeito de Camaragibe, na grande Recife, aliado do presidente do PSDB, deputado Sérgio Guerra (PE).
Ele insistirá, porém, na agenda pública com Campos ainda que o desenho continue servindo apenas para afirmar-se no partido em relação a Serra.
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