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A Lei do faz de conta

Por João Bosco Rabello
Atualização:
 Foto: Estadão

A interpretação do Advogado Geral da União, Luís Inácio Lucena Adams, que libera o palanque de inaugurações do presidente Lula para a candidata Dilma Rousseff, depois de sua desincompatibilização, é questionável.

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Adams parte do princípio de que a candidata estará em campanha às custas de seu partido, mas subirá ao palanque de Lula para fazer campanha.

O presidente, portanto, estará transformando um evento de agenda em palanque para sua candidata.

O custo dessa estrutura posta à disposição da candidata é do contribuinte. Lula estará ali por conta do erário e receberá uma candidata em campanha - porque aí já não será mais possível disfarçar isso.

Estará, portanto, colocando a estrutura custeada pelo governo à disposição da candidata para fazer campanha. Vai lhe dar visibilidade, mas também poupá-la de custos significativos.

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É a revogação, na prática, da legislação que tenta emprestar algum critério ao uso do dinheiro público para favorecer candidatos.

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