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Crônicas sobre política municipal. Cultura brasileira local sob olhar provocativo | Colaboradores: Eder Brito, Camila Tuchlinski, Marcos Silveira e Patricia Tavares.

Eleição fora de época

No último domingo, 13 de setembro, o município de Vargem, no interior de São Paulo, teve de realizar novas eleições. Isso porque o prefeito eleito, Aldo Francelino Moyses, do Democratas, e o vice, Dr. Rafael, do PR, tiveram o mandato cassado pela Câmara Municipal por irregularidades. O Tribunal Regional Eleitoral determinou eleições diretas na cidade e a decisão fez com que os vereadores revogassem a convocação das eleições indiretas, que estavam previstas para o dia 17 de junho.

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Por Camila Tuchlinski
Atualização:

A disputa foi realizada entre Claudemir Pereira da Silva, do PSDB, Silas Marques da Rosa, do PSD, e José Luiz de Paula Camanducci, do PMDB. A Justiça Eleitoral preparou um calendário reduzido para abarcar todo o rito dos trabalhos, desde as convenções partidárias para decidir as coligações e escolher novos candidatos, até a propaganda política. O município de Vargem tem 6.903 eleitores e fica na região leste do Estado.

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Mas novas eleições após quase três anos de mandato não é privilégio do município paulista. No dia 04 de outubro, a cidade de Macarani, no centro-sul da Bahia, terá novas eleições para os cargos de prefeito e vice. Os moradores deverão escolher um substituto para o lugar do prefeito Antônio Carlos Macedo Araújo e da vice Elza Soares de Souza - ambos tiveram os mandatos cassados pelo TRE-BA sob denúncias de captação ilícita de votos e abuso de poder econômico nas eleições de 2012. Desde a cassação, o presidente da Câmara de Vereadores comanda o município de Macarani.

Só neste ano, 15 cidades tiveram de realizar novas eleições no País (vide site do Tribunal Superior Eleitoral http://www.tse.jus.br/eleicoes/eleicoes-suplementares/calendario-das-eleicoes-suplementares-2015) E pelos mais variados motivos, apesar de a maioria estar envolvida em corrupção por parte de seus administradores, que conseguiram escapar da Justiça por alguns anos.

A pergunta que fica no ar é: quanto o Brasil gasta nesses processos eleitorais fora de época? E como a Justiça Eleitoral pode se antecipar na aplicação das penalidades?

 

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