O ex-Presidente Fernando Henrique afirmou, dias atrás, que o Brasil precisa de uma nova onda de privatizações. “O que puder privatizar, privatiza”, disse FH, “ou você terá outro assalto ao Estado por parte dos setores políticos e corporativos”. O diagnóstico deixou muita gente surpresa. Na algazarra das redes sociais, Fernando Henrique costuma ser tratado como
Leio a entrevista de um jovem professor de história sobre a reforma da Previdência. Cara articulado, 28 anos e “de esquerda”. Diz que seu sonho era se aposentar aos 53 e abrir um clube de poesia. Mas que agora tudo se desfez. Terá que repensar as coisas. Li aquilo e fiquei pensando: “O que há
Ao menos de tédio, no Brasil, ninguém morre. Foi a ideia que me veio à mente quando escutei o Deputado Vicente Cândido (PT-SP), relator do projeto da reforma política, na Câmara, anunciando que irá propor o voto em lista fechada e o financiamento público de campanha, para as eleições do ano que vem. Há um
Quem lê o Brasil navegando pelos sites de notícias, todos os dias, arrisca pensar que andamos no fim da linha. A Polícia Federal levando gente pra cadeia, os vazamentos seletivos, as “citações,” a raiva espalhada nas redes sociais. Vejo muita gente boa que entrou nessa onda. De minha parte, tento resistir. Há notícias boas escondidas
Lula acha que a política pode vencer a justiça. Talvez possa mesmo. O próprio Juiz Sérgio Moro botou lenha nessa fogueira ao dizer que os grampos poderiam justificar a prisão de Lula, mas que ele decidiu por coisa mais leve. Decidiu por boas razões, tenho certeza. Mas a pergunta ficou no ar: a política, o
“Quando sairemos da crise?”, me perguntava um senhor grisalho, com certo tom de impaciência, em um debate, dias atrás. Com boa dose de otimismo, no final do ano, respondi rápido. Quando a operação Lava-Jato chegar a bom termo, o tema do impeachment estiver ultrapassado, o novo governo consolidado e a economia der claros sinais de
Há alguma chance de “risco institucional”, no desfecho da crise brasileira? A pergunta veio de um correspondente estrangeiro, dias atrás, em um debate sobre tema do impeachment. Minha resposta foi direta: nenhum. O rito estabelecido pelo Supremo vem sendo obedecido, o Deputado Rosso, presidente da Comissão, vem se mostrando um craque, e os discursos mais
Evito, aqui, tratar dos palavrões e piadas de mau gosto do ex-presidente Lula, em seus diálogos. Sobre as “mulher de grelo duro lá do nosso partido” e a alegria de Clara Ant com os “cinco homem lá dentro” de casa. Cada um pode fazer seu juízo ético, e mesmo estético, sobre tudo isso. Trato das
Há quatro saídas para a crise brasileira: a renúncia, o impeachment, a cassação, via STE, ou a sobrevivência de Dilma até 2018. A primeira é a menos traumática, ainda que a mais improvável. A última é a mais provável, ainda que a mais custosa para o País. Significa mais três anos sem reformas estruturais e
Na democracia, é assim: há um acordo tácito, entre todos, de respeito às instituições. O Ministério Público e a Polícia Federal têm autonomia para investigar? Que bom. O judiciário é independente, feito de profissionais de carreira, cercados de garantias constitucionais? Ótimo, não é mesmo? Não era isto que se pretendia, quando o País desenhou suas
publicidade
publicidade