O caminhoneiro Marcos Antonio Pereira Gomes, conhecido como Zé Trovão, se apresentou à Polícia Federal em Joinville (SC) nesta terça-feira, 26. A informação foi divulgada pela defesa do bolsonarista, que teve a prisão decretada após convocar "atos violentos de protesto" para o 7 de Setembro. No período em que ficou foragido da Justiça, Zé Trovão chegou a ir para o México, alegando que buscava "asilo político".
Em despacho dado no dia 21 de setembro, o ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito que apura a organização de manifestações violentas no feriado da Independência, manteve a preventiva do caminhoneiro, afirmando que ele tentava 'burlar a aplicação da lei penal'.
Além de ter a prisão decretada no Âmbito das apurações que tramitam junto ao STF, Zé Trovão também foi alvo de outras medidas cautelares - chegou a ser proibido de se aproximar da Praça dos Três Poderes e foi alvo de buscas no âmbito da mesma operação que atingiu o cantor Sérgio Reis.
Segundo a decisão que determinou as buscas, cumpridas em agosto, a articulação para uma espécie de 'levante' no 7 de Setembro teve início com Zé Trovão.
Despacho assinado pelo ministro Alexandre de Moraes diz que o caminhoneiro "incitou seguidores, a pretexto de fazer um pronunciamento sobre uma suposta greve dos caminhoneiros, a invadir o Supremo e o Congresso Nacional e a 'partir pra cima' do Presidente e do Relator da CPI da Pandemia de modo a 'resolver o problema (do aumento) dos combustíveis no Brasil'".
Além de Zé Trovão, o Supremo investiga o deputado federal Otoni de Paula, o canto Sérgio Reis e os bolsonaristas Eduardo Oliveira Araújo, Wellington Macedo de Souza, Antônio Galvan, Alexandre Urbano Raitz Petersen, Turíbio Torres, Juliano da Silva Martins e Bruno Henrique Semczeszm, por insuflar a população, por meio das redes sociais, a se insurgir contra as instituições.