Yunes diz que contou a Temer sobre ‘envelope grosso’ de Funaro
Ex-assessor do Planalto afirma no inquérito da Operação Skala que comentou com o presidente sobre entrega do envelope a pedido do ministro Eliseu Padilha
Luiz Vassallo, Fábio Serapião e Téo Cury
Temer e Padilha. Foto: Dida Sampaio/Estadão
OPERAÇÃO PATMOS: Fachin pede que PF conclua análise de bens apreendidos de amigos de Temer
“Como é amigo do presidente, o encontra com certa frequência fora de situações de trabalho, em São Paulo. Sobre os fatos já noticiados relativos ao recebimento de documentos de Lúcio Bolonha Funaro, a pedido de Padilha, lembra-se de que se tratava de envelope lacrado grosso, da espessura de pouco mais de dois centímetros, que não era pesado.”, diz trecho do termo de depoimento de Yunes.
Reprodução
Yunes já é réu em processo por suposto envolvimento com o ‘Quadrilhão do PMDB’ na Câmara. A Procuradoria destaca o papel dele no suposto recebimento de R$ 1 milhão do doleiro Lúcio Funaro em seu escritório de advocacia, para a campanha emedebista de 2014.
Ao prestar depoimento no âmbito da Operação Skala, o amigo e ex-assessor do presidente Michel Temer, José Yunes, voltou a relatar às autoridades sobre o dia em diz ter recebido um ‘envelope grosso’ do doleiro Lúcio Funaro a pedido do ministro Eliseu Padilha. Desta vez, disse ter contado sobre a entrega a Temer.
Ele já havia admitido, em depoimento ao Tribunal Superior Eleitoral, em 2016, o recebimento de R$ 1 milhão em seu escritório, e disse ter sido ‘mula’ de Padilha. O dinheiro teria como origem o departamento de propinas da Odebrecht, segundo afirmam delatores.
Yunes disse que se lembrar ‘de que se tratava de envelope lacrado grosso, da espessura de pouco mais de dois centímetros, que não era pesado e que a oportunidade não recebeu nenhuma caixa por parte de Funaro’. Em delação, o doleiro afirmou ter feito entrega de dinheiro ao ex-assessor em uma caixa de papelão.
O advogado ainda contou que ‘conhecia o ministro Padilha e tem a esclarecer, que com relação à pessoa de Padilha tinha um relacionamento amistoso, em consideração ao Presidente da República e que essa foi a única vez que Padilha lhe fez esse tipo de pedido’.
Yunes diz ter detalhado ‘para Michel Temer sobre o tal pedido, alguns dias depois, e que inclusive falou para Michel Temer que ficou estarrecido com a ‘tal figura delinquencial’, após tomar conhecimento através do Google sobre envolvimento em escândalos por Lúcio Funaro’.
COM A PALAVRA, O PALÁCIO DO PLANALTO
A assessoria de imprensa do Palácio do Planalto informou que a defesa do ex-presidente deve se manifestar a respeito do depoimento.
A reportagem fez contato com a defesa, a cargo do criminalista Antônio Claudio Mariz de Oliveira. O advogado não se manifestou porque não teve conhecimento do teor dos depoimentos de José Yunes na Operação Skala.
COM A PALAVRA, O CRIMINALISTA DANIEL GERBER, QUE DEFENDE ELISEU PADILHA
“Nao obstante o equívoco de tal afirmação, o ministro, em respeito ao Poder Judiciário, se pronunciará apenas dentro dos autos.”
Temer e Padilha. Foto: Dida Sampaio/Estadão
OPERAÇÃO PATMOS: Fachin pede que PF conclua análise de bens apreendidos de amigos de Temer
“Como é amigo do presidente, o encontra com certa frequência fora de situações de trabalho, em São Paulo. Sobre os fatos já noticiados relativos ao recebimento de documentos de Lúcio Bolonha Funaro, a pedido de Padilha, lembra-se de que se tratava de envelope lacrado grosso, da espessura de pouco mais de dois centímetros, que não era pesado.”, diz trecho do termo de depoimento de Yunes.
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Yunes já é réu em processo por suposto envolvimento com o ‘Quadrilhão do PMDB’ na Câmara. A Procuradoria destaca o papel dele no suposto recebimento de R$ 1 milhão do doleiro Lúcio Funaro em seu escritório de advocacia, para a campanha emedebista de 2014.
Ao prestar depoimento no âmbito da Operação Skala, o amigo e ex-assessor do presidente Michel Temer, José Yunes, voltou a relatar às autoridades sobre o dia em diz ter recebido um ‘envelope grosso’ do doleiro Lúcio Funaro a pedido do ministro Eliseu Padilha. Desta vez, disse ter contado sobre a entrega a Temer.
Ele já havia admitido, em depoimento ao Tribunal Superior Eleitoral, em 2016, o recebimento de R$ 1 milhão em seu escritório, e disse ter sido ‘mula’ de Padilha. O dinheiro teria como origem o departamento de propinas da Odebrecht, segundo afirmam delatores.
Yunes disse que se lembrar ‘de que se tratava de envelope lacrado grosso, da espessura de pouco mais de dois centímetros, que não era pesado e que a oportunidade não recebeu nenhuma caixa por parte de Funaro’. Em delação, o doleiro afirmou ter feito entrega de dinheiro ao ex-assessor em uma caixa de papelão.
O advogado ainda contou que ‘conhecia o ministro Padilha e tem a esclarecer, que com relação à pessoa de Padilha tinha um relacionamento amistoso, em consideração ao Presidente da República e que essa foi a única vez que Padilha lhe fez esse tipo de pedido’.
Yunes diz ter detalhado ‘para Michel Temer sobre o tal pedido, alguns dias depois, e que inclusive falou para Michel Temer que ficou estarrecido com a ‘tal figura delinquencial’, após tomar conhecimento através do Google sobre envolvimento em escândalos por Lúcio Funaro’.
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