O voto do ministro Luís Roberto Barroso, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), pela rejeição do registro do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o veto ao programa eleitoral do petista (até uma eventual substituição na cabeça da chapa) deixa pelo menos uma questão em aberto.
Caso a maioria dos ministros do TSE decida acompanhar a posição de Barroso no julgamento, o que ocorrerá na prática com o espaço dedicado à campanha presidencial do PT no rádio e na televisão enquanto Lula não for substituído?
A tela ficará azul? O tempo originalmente dedicado à campanha de Lula será redistribuído entre os outros 12 candidatos ao Palácio do Planalto?
O voto de Barroso não tratou especificamente dessas implicações práticas, que ainda precisariam de um esclarecimento do TSE durante o julgamento do registro de Lula, que deve avançar noite e talvez até madrugada adentro.
O objetivo principal da ofensiva jurídica de Lula no TSE era garantir sua aparição no horário eleitoral gratuito. Um revés a essa altura do campeonato pode precipitar os planos do PT de colocar o ex-ministro da Educação Fernando Haddad na condição de cabeça de chapa.