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'Virou sal na água'

Ex-procurador-geral Rodrigo Janot ressalta o reconhecimento, pelo Supremo, das gravações que flagraram senador Aécio Neves (PSDB) falando sobre os R$ 2 milhões da JBS e diz que tentativas de invalidá-las foram fracassadas

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Por Luiz Vassallo
Atualização:
 Foto: Estadão

O ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot afirmou, por meio de seu Twitter, que as tentativas de tornar nulas as provas obtidas em ação controlada contra o senador Aécio Neves (PSDB) na Operação Patmos, em abril de 2017, foram fracassadas com a decisão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal que abriu ação penal contra o parlamentar por corrupção passiva e obstrução de Justiça.

Por meio da rede social, Janot destacou. "Reconhecida a validade das gravações feitas de conversas nada republicanas com autoridades da República".

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"O discurso vazio que tentava invalidar tudo isso virou sal na água", afirmou.

Para Janot, a decisão também significou que o ex-procurador Marcelo Miller, investigado por supostos jogo duplo para a JBS, 'agiu por conta própria'.

Janot era chefe do Ministério Público Federal à época da Operação Patmos, investigação que gerou a maior crise do governo Michel Temer e que chegou a afastar do mandato o senador Aécio Neves, além de prender aliados do emedebista e parentes do tucano.

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Uma das bases da investigação foi ação controlada da Polícia Federal, que flagrou as malas de R$ 2 milhões ao primo de Aécio, Frederico Pacheco, e ao ex-assessor de Temer, Rodrigo Rocha Loures.

A ação da PF envolveu gravações ambientais que flagraram o senador acertando o repasse dos R$ 2 milhões da JBS. Os diálogos embasam a acusação contra Aécio por obstrução à Justiça, pela qual ele é réu a partir desta terça-feira, 17.

Ainda na Patmos, o presidente Michel Temer também foi gravado, em escuta ambiental, promovida pelo empresário Joesley Batista, na noite de 7 de março de 2017, quando o emedebista recebeu o executivo no Palácio do Jaburu.

O áudio embasou denúncia de Janot contra Temer, também por obstrução à Justiça e corrupção passiva - a acusação foi rejeitada pela Câmara. Em seu post, Janot não se refere nominalmente a Temer.

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