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Vídeo mostra servidor administrativo do Distrito Federal batendo com sandália no rosto de menino de 13 anos

Câmeras de segurança de condomínio de Guará, no Distrito Federal, flagraram cena de violência ocorrida em 26 de setembro; acusado responde por lesão corporal, injúria e ameaça e não pode se aproximar da vítima por medida cautelar

Foto do author Maria Isabel Miqueletto
Por Maria Isabel Miqueletto
Atualização:

Câmeras mostram homem batendo com sandália em menino de 13 anos, no Distrito Federal. Foto: reprodução

Um servidor administrativo da Polícia Federal foi flagrado pelas câmeras de segurança de um condomínio do Distrito Federal no momento em que dá chineladas no rosto de um menino de 13 anos. A agressão ocorreu no dia 26 de setembro no condomínio Sports Club, em Guará, mas só foi divulgado hoje. O acusado tem que ficar a, no mínimo, 500 metros de vítima, de acordo com medida cautelar.

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O homem que aparece nas imagens é Daniel Peruzzo Jardim, agente administrativo da PF que estava visitando sua filha e não mora no condomínio. A mãe da vítima registrou boletim de ocorrência na 4ª Delegacia de Polícia, no Guará II. A investigação foi concluída e encaminhada para o Juizado Especial Criminal e do Juizado de Violência Familiar Contra a Mulher do Guará. Está tipificada, na Justiça, como lesão corporal leve, crimes contra a honra, injúria, crimes contra a liberdade pessoal e ameaça.

Veja o vídeo abaixo.

A confusão teria começado por conta de uma brincadeira entre as crianças. Segundo o advogado da acusação, Julio Cesar da Silva Pereira, a vítima e seu irmão, de 7 anos, brincavam na garagem do prédio quando um dos amigos teria escondido a sandália de uma menina. A filha do Daniel então teria subido chorando para o apartamento para contar ao pai que os garotos tinham escondido a sandália de sua amiga. 

"Daniel desceu até a garagem, viu a sandália perto da vítima, começou a arrastar o garoto por alguns metros e a bater com a sandália no rosto dele", descreve o advogado. Ao ser encaminhado para o IML, foi constatada uma lesão no nariz e no braço da vítima. 

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A mãe teria, ainda, sido ameaçada por Daniel ao chegar no condomínio, depois do trabalho, acompanhada de um colega. "Chegando no condomínio, junto com o colega de trabalho, o agressor viu o menino com a mãe. Ele (Daniel) partiu para cima desse amigo perguntando se ele era o pai da criança, ele respondeu que não e o agressor disse 'então você acabou de se livrar de levar uma taca', que seria uma surra", conta o advogado.

A mãe teria avisado o acusado que havia acionado a polícia militar, que estaria a caminho do condomínio. "Então ele falou para a mãe do menino 'eu bato na polícia e ainda bato em você'", diz o advogado. Quando a polícia chegou, o acusado já não estava no local. 

O advogado entrará com representação na Polícia Federal contra Daniel. "Ele tem porte de arma e a família teme, porque esse cidadão é uma pessoa extremamente agressiva e anda armado", afirma.

O menino e seu irmão estão fazendo tratamento com um psiquiatra. "(Quando viu a cena), o irmão ficou desesperado, pedindo para ele parar de bater. Ele (a vítima) não quer sair de casa, está chorando o tempo todo e está com medo do agressor", conta o advogado. Ontem foi expedida uma medida cautelar em prol do menino e de sua mãe para que Daniel mantenha uma distância de, no mínimo, 500 metros, com validade de 90 dias, segundo Pereira.

COM A PALAVRA, A DEFESA DE DANIEL PERUZZO JARDIM

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A reportagem busca contato com a defesa de Daniel Peruzzo Jardim. O espaço está aberto para manifestação (maria.miqueletto@estadao.com).

COM A PALAVRA, A POLÍCIA FEDERAL

A reportagem entrou em contato com a Polícia Federal e aguarda resposta. O espaço está aberto para manifestação.

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