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Veja por que Janot insiste na prisão de Aécio

Leia a íntegra do pedido do procurador-geral da República para o Supremo Tribunal Federal decrete a preventiva do senador do PSDB, acusado de exigir propina de R$ 2 milhões da JBS

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Por Fausto Macedo , Julia Affonso e Luiz Vassallo
Atualização:

O senador Aécio Neves (PSDB-MG). Foto: Divulgação.

O procurador-geral da República quer Aécio Neves na cadeia. Em recurso ao Supremo Tribunal Federal, Rodrigo Janot insiste na decretação da prisão preventiva decorrente de flagrante do senador do PSDB de Minas - sob suspeita de exigir propina de R$ 2 milhões do empresário Joesley Batista, da JBS, delator.

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No recurso - contra decisão do ministro Edson Fachin que já negou a medida -, Janot atribui ao senador 'o uso espúrio do poder político'.

"Não se pode olvidar que o senador Aécio Neves é pessoa de grande influência na cúpula dos três Poderes. Prova disso são os diálogos interceptados. O uso espúrio do poder político pelo senador é, em síntese, possibilitado por dois fatores: o aspecto dinâmico de sua condição de congressista representado pelo próprio exercício do mandato em suas diversas dimensões, inclusive a da influência sobre pessoas em posição de poder; sua plena liberdade de movimentação espacial e de acesso a pessoas e instituições, que lhe permite manter encontros indevidos em lugares inadequados."

O agravo pede a reconsideração da decisão de Fachin. E, em caso de negativa, requer que o recurso seja submetido, com urgência, ao Plenário do Supremo Tribunal Federal.

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Para Janot, a prisão de Aécio 'é imprescindível para a garantia da ordem pública e da instrução criminal, diante do fatos gravíssimos'

Ele destaca no pedido as gravações ambientais e interceptações telefônicas que, em sua avaliação, demonstram que o senador vem 'constante e reiteradamente' usando 'estratégias de obstrução de investigações da Operação Lava Jato'.

"Tem-se, assim, que os robustos elementos apresentados alhures demonstram a imprescindibilidade da prisão do Senador Aécio Neves, para preservar não apenas a ordem pública mas também a própria instrução criminal das investigações em curso."

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