Fausto Macedo, Ricardo Brandt e Julia Affonso
22 de setembro de 2016 | 10h14
O Ministério Público Federal chegou a pedir a prisão preventiva (sem prazo determinado) do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega, nos autos da Operação Arquivo X, deflagrada nesta quinta-feira, 22. O pedido foi convertido em prisão temporária pelo juiz federal Sérgio Moro, dos processos da Operação Lava Jato
O pedido de prisão de Mantega, cumprido hoje, foi feito no dia 20 de julho. O ex-ministro é acusado de cobrar R$ 5 milhões do empresário Eike Batista, do Grupo OSX, em 2012, para que ele pagasse dívidas de campanha do PT. O valor de US$ 2,3 milhões foi efetivamente repassado, segundo relatou o empresário, tendo como beneficiário o marqueteiro do PT João Santana.
O procurador Regional da República Carlos Fernando dos Santos Lima, da Operação Lava Jato, em Curitiba, afirmou em entrevista coletiva que contratos falsos respaldaram os repasses de empresa offshore de Eike Batista para a conta da Shell Bill Finance, do casal João Santana e Mônica Moura.
O casal foi preso em fevereiro pelo recebimento de US$ 7,5 milhões nessa conta aberta na Suíça da empreiteira Odebrecht e do lobista Zwi Skornicki, em nome da multinacional Keppel Fels. Em depoimento, os marqueteiros do PT confessaram que os valores eram referentes também a dívidas de campanha.
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