O ex-líder dos governos Lula e Dilma na Câmara dos Deputados, Cândido Vaccarezza fez exame de corpo delito no Instituto Médico Legal de Curitiba, na manhã deste sábado, 19. O ex-deputado foi preso temporariamente, nesta sexta-feira, 18, alvo da Operação Abate, 44ª fase da Lava Jato. Ele é investigado por suposta propina de US$ 500 mil oriunda de contrato da Petrobrás.
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Após o exame, ele voltou à carceragem da Polícia Federal, em Curitiba, onde segue preso. O mandado de prisão temporária prevê que ele fique encarcerado por até cinco dias.
O operador financeiro Henry Hoyer de Carvalho e o ex-gerente da Petrobras Márcio Albuquerque Aché Cordeir também passaram por exames neste sábado, 19, no IML, e retornaram à carceragem.
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O ex-parlamentar é investigado por supostamente ter recebido propina de US$ 500 mil no âmbito de contrato entre a Petrobrás e a empresa americana Sargent Marine.
O negócio da Sargeant Marine com a Petrobrás culminou na celebração de doze contratos, entre 2010 e 2013, no valor de aproximadamente US$ 180 milhões. A empresa fazia fornecimento de asfalto para a estatal e foi citada na delação do ex-diretor de Abastecimento da companhia Paulo Roberto Costa.
Em delação, o ex-diretor da Petrobrás lobista afirmou que Jorge Luz que teria intermediado o negócio e ganhou uma comissão.
Segundo a Lava Jato, US$ 500 mil da comissão do lobista estariam acertados para abastecer o PT e Vaccarezza teria atuado pelo partido.
Na casa do ex-parlamentar, foram apreendidos R$ 122 mil em espécie, amarrados em bolos de notas de R$ 100 e R$ 50.