Foto do(a) blog

Notícias e artigos do mundo do Direito: a rotina da Polícia, Ministério Público e Tribunais

Vaccarezza entrega carta de fiança à Lava Jato

Cobrado pelo juiz federal Sérgio Moro desde a divulgação da ‘vaquinha’ para sua campanha na eleição 2018, na qual foi derrotado, ex-deputado apresentou garantia no valor de R$ 1.522.700,00

PUBLICIDADE

Foto do author Julia Affonso
Por Julia Affonso
Atualização:

Cândido Vaccarezza. 24/07/2013 - Foto: Dida Sampaio/Estadão

O ex-deputado Cândido Vaccarezza (Avante/SP) entregou carta de fiança no valor de R$ 1.522.700,00 ao juiz federal Sérgio Moro na segunda-feira, 15. O magistrado da Operação Lava Jato pediu nesta terça, 16, manifestação do Ministério Público Federal no prazo de cinco dias.

Documento

DECISÃO DE MORO

PUBLICIDADE

Vaccarezza foi preso em agosto do ano passado na Operação Abate, 44.ª fase da Lava Jato. O ex-líder dos governos Lula e Dilma na Câmara deixou a cadeia sob compromisso de pagar uma fiança de R$ 1,5 milhão - dívida que não quitou com a Lava Jato.

Em julho, mesmo devendo R$ 1,5 milhão, Vaccarezza criou uma lista no WhatsApp para arrecadar valores para sua campanha a deputado federal. A 'vaquinha' de Vaccarezza foi revelada pela reportagem do Estadão.

Publicidade

Após a 'vaquinha', o ex-deputado passou a ser cobrado pela Lava Jato. Vaccarezza chegou a oferecer propriedades de sua mãe como garantia de pagamento.

O ex-deputado é réu na Lava Jato, acusado com outros nove investigados por formação de quadrilha, corrupção e lavagem de dinheiro, em suposto esquema de corrupção relativo ao fornecimento de asfalto pela empresa americana Sargeant Marine à Petrobrás.

A denúncia do Ministério Público Federal é resultado de investigações que começaram com um relato do ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás Paulo Roberto Costa, em acordo de colaboração celebrado com o Ministério Público Federal.

Candidato a deputado federal nas eleições 2018, Vaccarezza ficou longe da Câmara. O ex-deputado recebeu apoio de apenas 5.297 eleitores, ou 0,03%.

O candidato mais votado em São Paulo foi Eduardo Bolsonaro (PSL), com 1.843.735 votos ou 8,74%, um recorde histórico. O último da lista que chegou à Câmara foi Guiga Peixoto, também do PSL, com 31.718 votos ou 0,15%.

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.