O ex-deputado Cândido Vaccarezza (Avante/SP) entregou carta de fiança no valor de R$ 1.522.700,00 ao juiz federal Sérgio Moro na segunda-feira, 15. O magistrado da Operação Lava Jato pediu nesta terça, 16, manifestação do Ministério Público Federal no prazo de cinco dias.
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DECISÃO DE MORODocumento
A CARTA DE R$ 1,52 MIVaccarezza foi preso em agosto do ano passado na Operação Abate, 44.ª fase da Lava Jato. O ex-líder dos governos Lula e Dilma na Câmara deixou a cadeia sob compromisso de pagar uma fiança de R$ 1,5 milhão - dívida que não quitou com a Lava Jato.
Em julho, mesmo devendo R$ 1,5 milhão, Vaccarezza criou uma lista no WhatsApp para arrecadar valores para sua campanha a deputado federal. A 'vaquinha' de Vaccarezza foi revelada pela reportagem do Estadão.
Após a 'vaquinha', o ex-deputado passou a ser cobrado pela Lava Jato. Vaccarezza chegou a oferecer propriedades de sua mãe como garantia de pagamento.
O ex-deputado é réu na Lava Jato, acusado com outros nove investigados por formação de quadrilha, corrupção e lavagem de dinheiro, em suposto esquema de corrupção relativo ao fornecimento de asfalto pela empresa americana Sargeant Marine à Petrobrás.
A denúncia do Ministério Público Federal é resultado de investigações que começaram com um relato do ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás Paulo Roberto Costa, em acordo de colaboração celebrado com o Ministério Público Federal.
Candidato a deputado federal nas eleições 2018, Vaccarezza ficou longe da Câmara. O ex-deputado recebeu apoio de apenas 5.297 eleitores, ou 0,03%.
O candidato mais votado em São Paulo foi Eduardo Bolsonaro (PSL), com 1.843.735 votos ou 8,74%, um recorde histórico. O último da lista que chegou à Câmara foi Guiga Peixoto, também do PSL, com 31.718 votos ou 0,15%.