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Uso estratégico do Pix no varejo: o valor está nos dados

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Por Orlando Ovigli
Atualização:
Orlando Ovigli. FOTO: DIVULGAÇÃO  

A esta altura, depois de um par de meses de operação do pix, começamos a ver os movimentos de adoção do novo meio de pagamento pelo varejo. Quando o consideramos no contexto omnicommerce (ou omnichannel), em que há integração de todos os canais de venda de uma empresa para oferecer uma experiência de compra facilitada entre canais, conseguimos visualizar algumas vantagens com o potencial de ampliar a performance das estratégias de fidelização e personalização do atendimento ao cliente, bem como de melhorar a operação e a logística.

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O pix ainda oferece alguns outros benefícios a quem vende, como custo de transação reduzido em decorrência da isenção de taxas; disponibilização imediata dos recursos na conta da empresa, melhorando o fluxo de caixa; facilidade de automatização e de conciliação dos pagamentos por meio de APIs; rapidez e simplificação do checkout (não há necessidade de maquininha ou de troco, no comércio tradicional, e no e-commerce não é preciso informar certos dados, tampouco aguardar a compensação do boleto bancário em dois ou três dias úteis, além de disponibilizar os valores depois do horário bancário e nos fins de semana.

Dessa forma, a fim de ser possível a empresa aproveitar melhor todas essas vantagens, é preciso criar uma estratégia para colher resultados como aumento de rentabilidade, eficiência operacional, redução de custos, fidelização de clientes e experiências que encantam o consumidor final.

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Por exemplo, um ponto estratégico que destaco é o uso de dados na tomada de decisão. Partindo da noção de que eles estão entre os ativos mais valiosos para qualquer negócio na atualidade, as estratégias de análise de dados, aplicações de machine learning somadas às soluções de reconhecimento de imagem e reconhecimento facial se tornam fundamentais. Essas informações proporcionam aos gestores insights, com base no cruzamento dos dados das jornadas on-line e off-line dos consumidores, sobre como impulsionar as vendas no mundo físico na mesma proporção do digital, que tem recebido maior atenção nos últimos anos - especial e aceleradamente no ano passado.

Ainda, como boa parte dos negócios envolve diretamente transações digitais, o setor tem buscado especialização no segmento financeiro em assuntos como open banking, que recentemente entrou em operação no Brasil, e blockchain, além dos tradicionais meios de pagamento, a fim de inovar no segmento e ganhar  destaque na busca pela atenção dos clientes.

Nesse cenário de transformação acelerada do setor financeiro, é interessante perceber como o pix tem capacidade de potencializar os benefícios pretendidos em cada um dos três pilares com que trabalhamos no omnicommerce - estratégia, inteligência de dados, bem como transações digitais e serviços financeiros -, pois traz mais agilidade e segurança aos pagamentos, possibilitando uma estratégia data driven que impacta de forma substancial os negócios. Portanto, sendo um meio mais acessível de pagamento, tende a trazer cada vez mais vantagens tanto para os empreendedores quanto para os consumidores.

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*Orlando Ovigli é sócio e vice-presidente de Omnicommerce na FCamara

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