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Um 8 de março com novos desafios

Por Luiz Carlos Motta
Atualização:
Luiz Carlos Motta. FOTO: CÂMARA DOS DEPUTADOS Foto: Estadão

O Dia Internacional da Mulher foi oficializado pela ONU em 1975, mas é comemorado desde o início do século 20. Sempre foi uma data para a justa reivindicação de direitos, até hoje ainda a serem conquistados. Este ano o Dia Internacional da Mulher apresenta mais desafios em função das perdas impostas pela pandemia do Covid-19.

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Uma das perdas foi a impossibilidade de realizar eventos, como o tradicional encontro "Mulher Valorizada, Comerciária Fortalecida". Mesmo não sendo a data um feriado nacional, o que seria muito justo, a Fecomerciários realiza há dez anos, esse encontro com muito sucesso, sempre com foco na valorização e no empoderamento da mulher

No ano passado, o evento aconteceu no Espaço Eco, instalado no Centro de Lazer dos Comerciários em Avaré, no interior paulista. Por unanimidade as comerciárias presentes aprovaram deliberações que vêm se multiplicando, desde então, nos locais de trabalho, nas redes sociais e nos demais canais de comunicação dos 71 sindicatos filiados à Federação.

Em função da sua relevância estes encaminhamentos ainda balizam as lutas pelas causas femininas no Estado. Destacam-se:

Empoderamento

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1) A Fecomerciários e seus 71 sindicatos filiados vão trabalhar para ampliar o empoderamento feminino. O objetivo é conceder às mulheres maior participação no sindicalismo, na política e no campo profissional a fim de combater discriminações e desigualdades. Igualdade de gêneros é palavra de ordem!

2) Apoiar e incentivar as lutas femininas por emprego e renda. Que a mulher não seja a última a ser contratada e a primeira a ser demitida e que não receba salário menor que o homem cumprindo a mesma jornada e executando a mesma função.

3) Atuar para garantirmos justiça e acolhimento às mulheres, fazendo valer os direitos humanos.

4) Mulher empoderada significa mulher com saúde, acesso à educação, qualificação profissional e protegida de toda e qualquer violência e assédios.

Na Fecomerciários constatamos, com muito entusiasmo, a ascensão das mulheres aos cargos de direção na própria entidade e nos sindicatos filiados. Também temos apoiado, com sucesso, a participação das mulheres na política. Mas no mercado de trabalho ainda há muitos direitos que precisam ser conquistados e mantidos.

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ONU

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Por uma feliz coincidência essas lutas, definidas em 2020, estão alinhadas com o tema que a ONU escolheu para o Dia Internacional da Mulher deste ano: "Mulheres na liderança: Alcançando um futuro igual em um mundo de Covid-19?.

De fato, o tema celebra os esforços das mulheres na construção de um futuro mais igualitário e na recuperação dos prejuízos causados pela pandemia. É necessário salientar que, entre os que estão na linha de frente da Covid-19, as mulheres comerciárias, que são maioria nas lojas e estabelecimentos comerciais, correm sérios riscos de contaminação durante o atendimento a clientes, manipulando cartões de crédito, dinheiro e mercadorias. Sofrem, ainda, com constantes ameaças de desemprego, salários injustos e com assédios moral e sexual.

Em casa, durante a pandemia, as mulheres estão enfrentando o aumento da violência doméstica, dificuldades para dividir as tarefas do lar, e entre outros desafios, a ampliação das responsabilidades na adoção dos protocolos de saúde para preservar a vida de toda a família.

Este ano, mais do que nunca, é preciso estar atento àquelas lutas definidas em 2020 pelas mulheres comerciárias. E trabalhar para a redução das desigualdades. Parabéns bravas guerreiras!

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*Luiz Carlos Motta é presidente da Fecomerciários, da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio (CNTC) e deputado federal (PL/SP)

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