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Tribunal mantém prisão de ex-secretário de Meio Ambiente de São Bernardo

Decisão deixa ainda outros seis acusados na cadeia por suposto esquema de propinas pela liberação de certificados na pasta

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Por Luiz Vassallo e Julia Affonso
Atualização:

Mario de Abreu. Foto: Reprodução/Facebook

Os desembargadores da 4.ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo mantiveram a decretação de prisão preventiva do ex-secretário de Gestão Ambiental da gestão Orlando Morando (PSDB) e atual vereador de São Bernardo do Campo Mario Henrique de Abreu (PSDB) acusados dos crimes de organização criminosa, corrupção passiva e concussão na Secretaria de Gestão Ambiental de São Bernardo do Campo. A decisão foi dada em recurso em sentido estrito, julgado nesta terça, 24.

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O relator do caso, desembargador Euvaldo Chaib, destacou em seu voto que a prisão preventiva é necessária para a garantia da ordem pública e para 'frenar atuação da sólida e estruturada organização criminosa'.

"O grupo tem contribuído de todas as formas para atrapalhar a elucidação dos fatos", destacou o magistrado.

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Segundo divulgou o site do TJ, os acusados estão foragidos desde a decretação da prisão por decisão monocrática do relator, de 19 de junho.

"Os sete (acusados) desapareceram simultaneamente do distrito da culpa instantes após a decretação da custódia preventiva", afirma Euvaldo Chaib. "Tal fato é veemente indicativo de que não têm interesse em contribuir com a instrução."

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De acordo com a decisão, as investigações apontaram indícios de que organização criminosa se estruturou dentro e fora da administração pública de São Bernardo do Campo, 'atuando em múltiplas frentes, entre a anulação de multa e a concessão de licença ambiental irregular ou corte de árvores, estendendo-se até a alienação do produto para madeireiras'.

Também participaram do julgamento do recurso os desembargadores Ivan Sartori e Camilo Léllis. A votação foi unânime.

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