A 12ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo decidiu reintegrar o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado Robson Marinho ao cargo. Ele é réu em ação de improbidade movida pelo Ministério Público Estadual de São Paulo pelo suposto recebimento de propinas envolvendo o escândalo de fraudes de licitações da Alstom e tem seus bens bloqueados pela Justiça. A Promotoria informa que haverá recurso.
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Chefe da Casa Civil do governo Mário Covas (PSDB), entre 1995 e 1997, Marinho chegou ao TCE por indicação do tucano, seu padrinho político. A Promotoria sustenta que ele favoreceu a Alstom no âmbito do aditivo X do projeto Gisel, empreendimento da Eletropaulo, antiga estatal de energia.
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A Promotoria acusa Marinho de enriquecimento ilícito e sustenta que ele lavou dinheiro no exterior e afirma que o conselheiro de contas participou de um "esquema de ladroagem de dinheiro público". A ação contra Marinho é subscrita pelos promotores de Justiça Silvio Antonio Marques, José Carlos Blat e Marcelo Daneluzzi.
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O promotor Silvio Marques afirma que a Procuradoria vai recorrer da decisão do colegiado e que há 'provas claras de corrupção e lavagem de dinheiro contra o conselheiro. Ele ressalta que mais de US$ 3 milhões estão bloqueados em uma offshore de Marinho na Suíça.
A Alstom, na ocasião em que o Ministério Público do Estado abriu investigação, fechou acordo com a promotoria e se dispôs a pagar mais de R$ 60 milhões.
COM A PALAVRA, ROBSON
A reportagem entrou em contato com a defesa do conselheiro, que ainda não se pronunciou. O espaço está aberto para manifestação.