O Tribunal Regional Federal da 2.ª Região (TRF-2) decide nesta quinta, 23, a partir das 13h, se acolhe denúncia do Ministério Público Federal por corrupção e organização criminosa contra cinco deputados estaduais do Rio. Se a 1.ª Seção do Tribunal receber a denúncia, começa o processo penal contra André Corrêa (DEM), Chiquinho da Mangueira (PSC), Luiz Martins (PDT), Marcos Abrahão (Avante) e Marcus Vinicius 'Neskau' (PTB), presos preventivamente - Chiquinho da Mangueira está em prisão domiciliar, devido a 'condições de saúde'.
As informações foram divulgadas pela Assessoria de Comunicação da Procuradoria Regional da República - Processo nº 0100860-84.2018.4.02.00
O Ministério Público Federal na 2.ª Região (RJ/ES) investigou os parlamentares a partir da Operação Furna da Onça. Todos foram denunciados em dezembro com mais 24 acusados, como o ex-governador Sérgio Cabral, ex-deputados e assessores da Assembleia Legislativa, ex-secretários de Estado e ex-dirigentes da cúpula do Detran-RJ.
Os denunciados sem prerrogativa de foro, incluindo os ex-deputados não reeleitos Coronel Jairo, Edson Albertassi, Jorge Picciani, Marcelo Simão e Paulo Melo, tiveram o processo desmembrado para a 7.ª Vara Federal Criminal do Rio, que recebeu essa denúncia em fevereiro, tornando-os réus.
Na denúncia, o Ministério Público Federal demonstrou 'esquemas de nomeações indevidas e pagamentos de propina na Assembleia em troca de apoio aos governos Cabral (2007-2014) e Luiz Fernando Pezão (2014-2018)'.
Os ex-deputados Jorge Picciani e Paulo Melo (ambos do MDB), ex-presidentes da Assembleia, são considerados pela Procuradoria 'líderes da organização criminosa pluripartidária ao lado do ex-governador Cabral, acusado desta vez de oferecer propina a parlamentares'.
Para os investigadores, 'ficou comprovado um grande esquema de loteamento de cargos e de mão de obra terceirizada em órgãos estaduais como o Detran-RJ'. Os deputados negam ligação com esquema de propinas e organização criminosa.