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Tribunal condena jogador de futsal que chutou e socou homem do apito

Edvair Gimenes, camisa 5 da equipe UBA, terá de pagar fiança de R$ 7 mil ao árbitro Cássio Conrado do Nascimento, agredido durante partida em Juara, a 696 quilômetros de Cuiabá

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Por Marina Dayrell
Atualização:

Crédito: Blancoyrojo/Creative Commons  

O Tribunal de Justiça de Mato Grosso condenou um jogador de futebol de salão a pagar indenização de R$ 7 mil por agredir o árbitro ao final de uma partida na cidade de Juara, a 696 km ao norte de Cuiabá. O atleta chegou a recorrer da decisão de primeira instância, mas teve o recurso negado pelo tribunal.

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De acordo com a decisão, em 2013, após a derrota de seu time, Edvair Gimenes, camisa 5 da equipe UBA de Juara, se levantou do banco de reservas, invadiu a quadra e agrediu o árbitro 'verbal e fisicamente'.

Segundo relatos do juiz-vítima, Cássio Conrado do Nascimento, o jogador o atacou com chutes e socos no abdômen. Os golpes derrubaram o homem do apito ao chão. Ele teve de ser encaminhado do ginásio Ângelo Sinval Riva ao Hospital Municipal de Juína.

Na decisão de primeira instância, a Justiça considerou 'importante ressaltar que não se desconhece que as agressões verbais, sobretudo em jogos de futebol, são lamentavelmente comuns', escreveu o juiz Alexandre Sócrates Mendes.

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"Contudo, no caso, houve considerável abuso por parte do requerido (Edvair) ao agredir o requerente (Cássio) de forma tão excessiva, na frente de centenas de pessoas, covardemente e sem qualquer chance de defesa", seguiu.

O entendimento foi o mesmo no julgamento de segundo grau.

"Comportamentos assim devem ser censurados, a fim de que o apelante - e outros eventualmente tomem conhecimento do lamentável episódio -, assimile o efeito terapêutico, evitando que tais atos se repitam, porquanto certamente transcendem àquelas inerentes ao ambiente competitivo, gerando abalo moral ao autor/apelado de forma concreta", apontou o desembargador João Ferreira Filho.

COM A PALAVRA, A DEFESA

A reportagem está tentando contato com a defesa de Edvair Gimenes. O espaço está aberto para manifestação.

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