A Polícia Federal cumpre, nesta quarta-feira, 29, a prisão preventiva de três empreiteiros e do ex-diretor do Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Governador Valadares, em Minas Gerais. Também são executados sete mandados de busca e apreensão expedidos no âmbito da 9ª fase da Operação Mar de Lama, que investiga pagamento de propinas de R$ 350 mil a um empresário em um esquema de fraudes em licitações no município mineiro.
Segundo o Ministério Público de Minas Gerais, a partir de colaborações premiadas, observou-se uma fraude nos contratos para a realização de serviços de manutenção e reparos em ruas e logradouros para melhorias do trânsito em Governador Valadares, em meados de 2015.
A Polícia Federal afirma que o sócio oculto de uma das empresas que participaram da concorrência recebeu propinas de R$ 350 mil para descumprir os requisitos da licitação e ser desclassificado de propósito. Dessa forma, se manipulou o resultado para que a empresa escolhida pela suposta organização criminosa saísse vencedora.
A propina, segundo a PF, representaria 14,4% do valor contratado pela obra de manutenção, orçada em R$ 2,4 milhões de reais.
Os crimes apurados são os de corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, organização criminosa e fraude à licitação consistente no superfaturamento do contrato. Somadas, as penas podem chegar a 34 anos de prisão, segundo o Ministério Público de Minas Gerais.
COM A PALAVRA, O SERVIÇO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE GOVERNADOR VALADARES
Representantes do SAAE informaram, por telefone, que a companhia não vai se manifestar a respeito das investigações.