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Transexual será ressarcido por plano de saúde que negou cirurgia para retirada de seios

Operadora definiu o procedimento como estético, não concedendo a liberação para sua realização, mas desembargador do Tribunal de Justiça de Santa Catarina resssaltou que mudança de sexo 'aumenta o bem-estar psicológico do indivíduo'

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Por Isadora Duarte (Broadcast)
Atualização:

 Foto: Pixabay

A Justiça mandou ressarcir um transexual porque seu plano de saúde se negou a cobrir as despesas com procedimento de retirada dos seios, por considerá-lo de cunho estético. Na decisão, o desembargador Jorge Luís Costa Beber, do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, ressaltou que o procedimento cirúrgico de mudança de sexo aumenta o bem-estar psicológico do indivíduo por aproximá-lo da sua identidade de gênero.

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Para o magistrado, como todas as práticas necessárias à transformação são ofertadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e como o sistema público nao oferece aos seus usuários cirurgias apenas embelezadoras, o caráter do procedimento não restringe-se apenas ao aspecto estético.

"É óbvio que existe, também, uma faceta estética no resultado da cirurgia, mesmo porque o abalo psicológico impingido a quem sofre os efeitos da transexualidade relaciona-se a divergências entre a forma como o indivíduo se enxerga e suas características físicas e anatômicas", argumentou o desembargador Costa Beber.

"Mas ela é absolutamente secundária ao seu objetivo maior, que é a adaptação ampla - psicológica, social, legal, biológica e física - do paciente ao gênero adotado."

COM A PALAVRA, A AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR

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A reportagem entrou em contato com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). O espaço está aberto para manifestação.

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